A comercialização de produtos hortifrutigranjeiros e pescados durante o século XIX, na região ribeirinha do Rio Cuiabá, se dava nas imediações da “Boca do Valo”, ou seja, na foz do córrego da Prainha com o rio Cuiabá.
Posteriormente, passou a funcionar na Praça Ipiranga até quando na administração do presidente da Província de Mato Grosso, Augusto de Leverger (1852), foi construído o casarão do mercado, onde funciona hoje o Ganha Tempo.
Este casarão perdeu sua condição de mercado, quando foi ocupado pela Força Militar no período da Guerra do Paraguai, passando a servir de enfermaria aos soldados.
Em 1910, o então intendente-geral do município de Cuiabá, tenente-coronel Avelino de Siqueira, teve que construir o segundo Mercado Público, que foi edificado na Rua Formosa (Joaquim Murtinho), esquina com a Avenida Generoso Ponce (antiga Vilas Boas). Tropeiros que vinham das localidade de Nobres, Rosário Oeste, Brotas e Guia faziam parada primeiramente na Praça Clóvis Cardoso. Neste local tinha uma lagoinha que é nascente do Córrego Engole Cobra, onde os tropeiros desciam para lavar os pés, daí a explicação do bairro Goiabeira ter se chamado Lava-pés.
Em seguida, os tropeiros pegavam a antiga Rua do Coxim, atual Isaac Póvoas, em direção ao Mercado Municipal. No quintal deste Mercado eles desciam dos bois de carga as bruacas de produtos agrícolas.
O velho casarão do Mercado Municipal tinha a sua frente principal para a Rua Joaquim Murtinho, com portão de ferro na entrada e suas amplas dependências. O espaço era imenso, principalmente o quintal (área externa), que era cercado de grades de ferro e algumas vezes requisitado pelas companhias circenses que visitavam Cuiabá, a exemplo do inesquecível Circo Garcia, com sua maior atração, o leão “Minelique”, que muito emocionou o público cuiabano.